"Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another"

6/30/2006

16 de agosto de 2005

Tô meio estranha...

Eu não sei se andei passando muito tempo sozinha, com muito tempo prá pensar, mas estou questionando coisas na minha vida que eu nunca questionei antes.Ou se é o momento, as mudanças que estão acontecendo, não sei.

O que eu sei é que de alguma forma, alguma coisa vai mudar definitivamente, prá sempre. Eu ainda não sei bem o quê.

Tenho questionado principalmente as escolhas que eu fiz até hoje e como tuuuuudo o que eu já escolhi vai refletir na minha vida nos próximos 50, 60 anos.

Faz tempo que eu resolvi ser uma super-mulher, dessas que sabe tudo, faz tudo, conhece todo mundo, compra, vende, paga, negocia, resolve, corre, briga....... enfim, canso só de falar. Resolvi ser uma mulher nos moldes da minha mãe e da minha vó: uma POLACA autêntica, faca na bota mesmo.

Mas agora, que estou chegando a cerca de 1/3 da minha passagem por esse mundo, fico pensando se tá certo, se não era melhor ter sido Amélia, guriazinha mimadinha que fica em casa sustentada até os 30, ser só esposa e mãe, sem úlceras, sem rugas, sem cabelos brancos (e não digam que isso não existe mais, porque tem sim).

Penso também se não deveria ter tido uma vida menos complicada até aqui, tipo: faculdade, abrir empresa, trabalhar, casar, morar sozinha, assumir a administração da casa, da empresa, etc, etc. Hoje eu me sinto uma velha, sento com gente da minha idade e só tenho coisa chata prá contar. Ontem encontrei um conhecido (da minha idade) e nós tinhamos nos avistado de longe, em um bar e eu comentei com ele "ah, eu fui prá casa cedo..." e ele falou "é casal é assim mesmo..." me senti uma vó.

Teve uma época em que eu me orgulhei de ser quem eu sou, hoje tenho dúvidas sobre o quanto inteligente foi assumir uma vida de adulto tão cedo. Perdi muita coisa, muitas tardes de chimarrão no Gazômetro, passeios de bicicleta, festas até o amanhecer, viagens prá praia de galera, enfim, tudo o que prá vocês é comum, prá mim é lenda.

Tenho que amadurecer mais esses pensamentos, até porque as coisas não têm volta, o que passou, passou. Mas é bom cair da nuvem e pensar como melhorar a vida daqui pra frente, nos próximos 50, 60, 70... Prá não ser aquela quarentona louca que todo mundo na família morre de vergonha. E nem fazer as pessoas que vivem com a gente infelizes por conta de nossas próprias frustrações. Só faz alguém feliz que é feliz.

Bom é isso.

Um comentário:

Luciana Grings disse...

Oi Ane!
Eu não conhecia o teu blog, então tô aqui comentando coisas antigas (e não velhas, ok?)...
Agora, pensa bem: sobra o que pra mim, que aos 25 já era SEPARADA?
Beijo!

Comente, comente, comente!!!!

L e i a , r e f l i t a , c o m e n t e ...

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