"Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another"

5/01/2009

Fling*

Tenho pensado muito nas convenções sociais. Nas regras da nossa sociedade.

Exemplificando:

trabalho X emprego
amor X casamento
liberdade X família
qualidade de vida X padrão de vida


Essas regras todas que ditam se uma pessoa é bem sucedida ou não. Prá que os outros achem que você "deu certo" a lista é bem básica:

- Casamento
- Filhos
- Casa própria
- Bom emprego (de preferência público)
- Estabilidade Financeira (o que quer que seja que isso signifique)


Ah, isso tudo por volta dos 30. Eu mesma me pego achando que as minhas amigas solteiras seriam mais felizes se encontassem a sua cara metade, fico querendo pensar em um par perfeito prá elas. Que bobagem! Prá começar "perfeito" não existe. E tem gente que é muito feliz sozinha. E tem mais gente que é bem mais feliz com todo mundo. Enfim! Essa parte da solteirice está resolvida. Claro que todo mundo tem umas crises de solidão, mas até que é casado tem, e, às vezes, esses mais que os solteiros. Cada vez mais, ao longo na minha vidinha, eu me convenço de que solidão é um estado de espírito. Nem sempre se está sozinho e, ainda assim, nos sentimos sós.

Mas tem situações realmente complicadas envolvendo os tão afamados "padrões sociais". Conheço pessoas que sofrem com isso. Por levar uma vida, digamos, um pouco fora desses padrões. Amizades que se desfazem, irmãos que não convivem mais e por aí vai...Mesmo quando encontramos um amigo que está sozinho, ou separado, ou ainda um amigo que leva a mesma vida que a gente levava quando tinha 20 anos, a gente aponta o dedo e diz "que feio!" . O problema é que achamos que a nossa vida é sempre a certa. Que o que fazemos é que é o correto. Mas, como disse no post anterior, tudo depende do ponto de vista do observador... Pode ser que eu conte minha vida prá vocês e vocês achem que eu é que não sei viver, sei lá!

Eu vi um filme muito legal semana passada. Se chama Fling*. Ainda não chegou no Brasil e, provavelmente, vai direto pro DVD. Eu assisti baixado da Internet, mas quando sair por aqui não deixem de assistir. O filme fala sobre um jovem casal, bonitos, bacanas e bem sucedidos, que vive muito bem em seu relacionamento aberto. Tudo se complica porque, no fundo no fundo, eles têm vergonha de levar a vida assim, escondem da família e acabam levando essa mentira mais longe do que pretendiam. Claro que ao longo do filme eles se apaixonam por outras pessoas, o que está fora do acordo deles, etc. Gostei porque trata dessa coisa dos relacionamentos, dentro de um contexto inusitado para os padrões, mas no fundo fala de amor, de compromisso, de afinidades e de sentimentos que todos enfrentamos, mesmo dentro de nossas vidas ditas normais. Um filme bonito, esteticamente falando, e tocante no que diz respeito aos sentimentos das pessoas. Parece piegas, mas deve ser mesmo...

O trailer está abaixo:




É com o gaaaato Brandon Routh (o superman) o que garante o carinho na retina. E mais um monte de gente jovem, bonita e talentosa. Escrito, produzido e dirigido por John Stewart Muller, o filme foi muito elogiado pela crítica e causa furor por ser sexy, enérgico e vibrante. Clichês cinematográficos a parte, achei um filme muito humano que nos leva a pensar em como nossa vida seria se a levássemos de forma diferente. Seria um problema maior prá nós ou para os outros?

Um comentário:

Luciana Grings disse...

Ceeeeerto que vou fuçar o filme.

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L e i a , r e f l i t a , c o m e n t e ...

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