"Poor is the man whose pleasures depend on the permission of another"

12/22/2008

:: Ser um portoalgrense ::


Estou rumando na páscoa para Porto, e relendo textos antigos. Esse eu achei num e-mail do meu irmão de 2004. Mas é isso aí. Bah, trí bom ser de Porto. Principalmente quando a se passa um tempo fora. A gente fala meia frase e a criatura te olha com o canto do olho, abre o sorrisão e diz: "você é do sul, né?". Uma delícia!

Texto recebido e enviado por e-mail.


Todo portoalegrense:

1. Divide o domingo entre antes e depois da "passadinha no Brique" ou no "Parcão".
2. A partir de julho, o Porto-alegrense pára de comprar livros para aproveitar os descontos e os balaios da Feira do Livro.
3. Odeia o muro da Mauá.
4. Fala mal das praias gaúchas, mas nunca recusa convite para passar o fim de semana em Imbé ou Atlântida.
5. Desfila, em qualquer rua de qualquer cidade, com cuia e garrafa térmica como se fosse coisa "trinormal".
6. Ama ou odeia o PT. Não tem meio termo.
7. Acredita que a última batalha não será entre o bem e o mal ou entre a luz e as trevas, mas entre gremistas e colorados.
8. Em uma tarde consegue mostrar todos os pontos turísticos da cidade aos amigos que vêm de fora.
9. Acha que Porto Alegre tem quase todos os defeitos de uma cidade grande e mais algumas desvantagens de uma cidade pequena, mas parte para a briga com qualquer estrangeiro que ouse dizer uma "barbaridade" dessas.
10. Acredita piamente que existe uma comprovação científica para o fato de o pôr-do-sol no Guaíba ser o mais bonito no planeta. Talvez pelo fato do paralelo trinta passar na Rua da República...
11. Chama o carinha ali de "bagaceiro"; come "negrinho" e " branquinho" e ainda compra "cacetinho"!!
12. Diminiu metade das palavras e nem se dá mais conta disso: "Findi", "Churras", "Super", "níver", "refri", "ceva" (essa tem o sinônimo "cerva", também)...
13. Quando quer dizer sim, diz "ã rã", com um jeito típico de Porto.
14. Ama Porto Alegre!

O Porto-alegrês é uma das línguas mais difíceis do "Ocidente" (que não é o hemisfério, e sim um bar em Porto Alegre). Para começar, só existe uma interjeição: "báh!" - que é usada em mais ou menos 462 situações diferentes. Prá complicar, "bah!" tem, também, 497 entonações diferentes: pode ir de um simples "beh!", até um complicado, "pãh!" dependendo do que tu queres dizer.

E tem também as gírias. Porto Alegre é equipada com mais ou menos 15 fábricas de gírias funcionando sem parar. Algumas chegam até a ser exportadas: "viajar na maionese" e "pirar na batatinha", que agora estão na moda no Rio, são faladas há anos, ou em Porto Alegrês, "há horas", que pode ser "há uma data" ou "há uma cara", como em outros lugares.

Outras expressões cruzam a fronteira, mas nunca chegam a serem compreendidas. "Deu prá ti", por exemplo, que é o nome de uma música que fez o maior sucesso no Brasil inteiro. Talvez porque pensaram que "deu prá ti" fosse uma sacanagem quando na verdade só queria dizer "chega!".

Também tem o "trilegal", "há horas ninguém fala trilegal" em Porto Alegre. Se fala "tribom", "triquente", "triafim", "trigente", "trijóia", "triafú"(muito usado), "tri" o que tu quiseres.

Mas nada é mais porto alegrense quanto falar: "tu vai ir?", que muitas vezes fica "tu vai i?", com o "i" bem pronunciado e longo... Repita agora, com sotaque: "Báh, mas tu vai i? Bah, mas se tu for, eu também vou i". É, aqui é o único lugar do mundo onde a gente lava "Os pé" e lava "as mão".

E "deu pra ti, viu guri"!

Nâo há nada melhor do que poder dizer: "Báh, eu sou de Porto"... com sotaque mais cantado possível... e a cara mais orgulhosa do mundo! Porto Alegre é TRILEGAL!!!!

E "sirvam nossas façanhas de modelo à toda terra!".........

12/18/2008

A Felicidade

Texto originalmente escrito em 13 jan 2007. Achei em um caderno antigo e pensei que a minha vida anda tão boa que eu ando desconfiando de novo...



Hoje pela manha eu tive um estalo! Somos ensinados a temer, até mesmo desconfiar, da felicidade. Nossa educação, mesmo que inconscientemente, nos diz que somos essencialmente maus, manchados pelo pecado e que devemos nos sacrificar, sofrer, para purificarmos nossas almas nessa vida e vivermos felizes a vida eterna.

Bem, cheguei a conclusão que, para quem tem outras crenças e outra cultura, o entendimento da vida é bem mais simples. Acreditar que a vida é como uma boa mãe: nossa mãe nunca exigiu de nós sacrifícios, sofrimento; mas sim respeito, disciplina e responsabilidade, nada mais. Acreditar que o mundo é um espelho: tudo o que fizermos de bom volta prá nós. Essa é a receita da felicidade.

Por outro lado, não adianta ficar apático, ou só fazendo bobagem e esperar que a salvação caia do céu. Somos o que construímos e o que fazemos de nós. Estamos nessa vida para sermos falizes, acredito piamente nisso. Mas essa felicidade não é brinde, nem vem de fora, ou do outro. Vem de nós.

Mas, eis o problema: quando somos boas pessoas e a felicidade vem até nós, a recebemos com desconfiança. Achamos que há algo errado, que não merecemos. Por conta disso, afastamos coisas boas e que nos dão prazer. Por culpa. Por acharmos que não merecemos.

Quero viver minha vida de um jeito novo: aceitando e agradecendo tudo de bom. Aproveitando tudo de bom que a vida me dá. E, definitivamente, reclamendo menos.

12/15/2008

Nosso encontro com o Mestre dos Magos...

Não poderia explicar com um texto, cheio de palavras, o que senti naquela noite. Já tinha perdido todas as esperanças, afinal, quem vive mais de cem anos, e fumando ainda por cima??? Que probabilidade de estar com ele na mesma cidade? Uma vez, no Rio, quase bati no escritório dele... o Gabri teve de usar de muita psicologia infantil...

Mas ele, realmente, estava lá. E eu vi o Mestre, assim, de pertinho. Não pedi prá tirar foto junto... não tenho essa capacidade de mundanização. Prá mim, aquele momento, o que eu senti, seria apenas banalizado em uma fotografia. Me limitei a registrar o momento...



Leiam mais no Blog dos nossos amigos arquis...

De novo e mais uma vez, obrigada, Gabri. Foi um maravilhoso presente pelo dia do arquiteto. Te amo...

12/11/2008

música - Beirut - Elephant Gun

Esta música é tema da microssérie Capitu da Rede Globo. Não olho TV, mas a série despertou minha atenção por ser um tele-teatro de grande qualidade, tendo a fotografia refinada, figurinos belíssimos e, claro, a estória genial contada por Machado de Assis (mesmo que em livre adaptação).

A música é linda e o Beirut tem outras belas faixas, que valem a pena serem ouvidas como a bela "Postcards From Italy". Você pode encontrar vários vídeos no youtube.

Enquanto isso, vai ouvindo aí!

Beirut - Elephant Gun
Found at bee mp3 search engine


Abaixo um "show andante" dos caras. O vocalista é um assombro e o som é, no mínimo, instigante. Reparem que ele brinca com a música brasileira "baby" no final do vídeo.




Tem muito mais deles na internet, só buscar!

12/10/2008

mistérios do universo

Eu não consigo realizar na minha cabeça o porquê das pessoas gostarem tanto de futebol. Torcer prá um time então, prá mim é um mistério. Pura incapacidade minha de racionalizar essa coisa tão premente na história da humanidade que é o esporte. Vim morar em uma terra em que as pessoas são malucas pelo "esporte bretão" - maneira chique de descrever aquele monte de homem correndo prá pegar uma bola.

Sábado, cheguei a BSB e fomos jantar em um lugar muito bonitinho, na asa sul. Tinha um jogo, não sei do quê, no dia seguinte. O Gabri me disse q era com o São Paulo - mas presumi que o jogo era em Brasília - e tinha uma galera gritando no bar umas frases ensaiadas, uma gritaria sem tamanho e chamando "Rogério" eu acho, sei lá quem é Rogério. Mas não pense q era só homem não, a mulherada enlouquecida berrava e fazia baderna junto. Pode ser feminismo besta da minha parte, mas sempre espero mais das mulheres, nesse caso...

Pasmem, o tal jogo era só no domindo, A TARDE! Aqui em Brasília só está permitida a venda de cerveja sem álcool nos estádios, acho que os torcedores resolveram ficar tchucos antes, bem antes...

Estava eu lá, matando a saudade do meu amor, e tinha aquela turba berrando. E não tire conclusões precipitadas, não era coisa de "buteco". Era aquele lugar onde a conta de duas pessoas chega a três dígitos, sem muito esforço.

Certo, não tenho nada, especificamente, contra futebol. Verdade mesmo. Mas esse tipo de atitude me dá uma revolta parecida com a que sinto quando as mães largam as crianças prá correr e gritar no térreo do condomínio. Mesma coisa quando a criatura está no ônibus escutando o MP3 do celular sem fone (funk ainda por cima). Entre outros tantos exemplos que nós, os seres civilizados do planeta, podemos dar de como desrespeitar o direito do próximo. Sem remorços, sem desculpas. Simplesmente porque achamos que valemos mais que o outro.

Este post foi um desabafo, é verdade. Falar sobre educação e civilidade, hoje em dia, está difícil. Sempre digo que maloqueirice não tem nada a ver com classe social, é um estado de espírito....

11/29/2008

para sempre fito...

sempre adorei ele...

agora, estou me preparando para as nossas férias, em que o plano é fazer BSB-POA a bordo da nova Enterprise e, posteriormente, quem sabe, POA-Montevideo-BsAs.

Meu objetivo cultural é musical, então ando me inteirando da cena nacional e sul-americana, para absorver melhor e fazer um turismo sonoro da melhor qualidade.

Por falar em musica sul-americana, um pqno exemplo de fito, simplemente fito.




Eso que llevas ahí.

Lo importante no es llegar
Lo importante es el camino.
Yo no busco la verdad
Sólo se que hay un destino.
Y eso que llevas en tu corazón
Y eso que llevas ahí.
Y eso que llevas en tu corazón
Quizás también te hará reír.
Lo importante es amar
Tan inmenso es el abismo.
Lo importante es desear
Y no ser un muerto-vivo.
Cabalgué solo en la oscuridad
De las crinas de un caballo malo
Te di amor hasta el fondo del mar
Y lloré entre las floresde Mayo.
Sólo una oportunidad
Sólo hay un solo tiro.
Yo nací en una ciudad
De allí también son mis hijos.
Y eso que espera en tu corazón
Y eso que espera salir.
Y eso que espera en tu corazón
Tal vez un día te hará feliz.
Conocí una muchacha de miel
Con aceros reforzó la casa.
No dejó entrar a nadie después
Sin querer me devolvió mialma
Lo importante no es quedar
Que todo pende de un hilo.
Lo importante somos vos y yo
Y el amor que construimos.
Y eso que llevas en tu corazón
Y eso que espera salir.
Y eso que sangra en tu corazón
Confiá también te hará feliz.
Canción, canción, canciones de liberación".

11/27/2008

Música Candanga da melhor qualidade

Uma grata surpresa nas rádios daqui é a Nova Brasil FM, que só toca música brasileira DE QUALIDADE. Aqui essa coisa de música é complicada.... Fala de música latino-americana pros caras, parece que tá falando grego. Enfim, choque cultural, total.

Mas ouvi no rádio esses caras, que são aqui de BSB e são ex-natirruts. Uma graça.



Postei uma pqna entrevista que tem logo depois um clipe de uma música que eu adoro!!!! Ouro puro!

Adendo: acabei de vir do show dos caras. Confirmei as minhas primeiras impressões. Uns amores e a Isabella é liiiinda e um anjo cantando. Ela tem um bebê de 2 meses e está mais gata do que nunca!!!!

Compramos o CD e, certamente, será a trilha sonora das férias a bordo da nossa nova Enterprise.

Se pintar um show do In Natura por aí, nào deixe de assistir, vale a pena!

11/18/2008

Zeitgeist e Obama - hmmm.....

Bom, como comentei no último post vi o filme Zeitgeist e fiquei muito impressionada. Infelizmente, esse tipo de documentário nos deixa inquietos, como que sentados em pregos. Afinal, nos dá a sensação de sermos eternamente manipulados pela mídia e pela educação que nos é imposta desde cedo. Pelos padrões morais ultrapassados e pelo medo da violência que nos é incutido cada vez que apertamos o "on" na nossa caixa mágica.

Eu já tinha essa pulga bem acomodada atrás da minha orelha em relação a acontecimentos recentes aqui mesmo no nosso país.

A eleição do Lula (firmemente apoiada pela mídia), a reeleição (PAAAASMEM) que eu achava impossível. E dizem que quem ele colocar como candidato dele ganha. Isso só pode ser explicado por influências muito bem planejadas sobre um povo ignorante e miserável. E depois de todo esse suporte, claro, que as convicções de esquerda do nosso amigo se amaciaram bastante. Tem um outro ditado que eu adoro: "o poder é como um violino: toma-se com a esquerda mas toca-se com a direita". E assim caminha a humanidade.

Outra coisa que acontece bem perto de nós é essa exposição da violência e essa exploração do jornalismo sanguinolento. Que saco!!!! Escorre sangue da boca da Fátima Bernardes. Eu não olho telejornal, acho que faz muito bem prá minha alma. Perversidade no mundo sempre houve e sempre há de existir. Mas eu acredito em um ditado que a minha sogra sempre repete: "os maus são tão maus que parecem muitos, mas os bons são em maior número". Acho que os maus dão tanto IBOPE que parecem muitos... enfim. Ninguém para prá pensar que a RBS é dona da TV a cabo e sócia das empresas de segurança privada. Eles lucram divulgando a violência e fazendo a gente se esconder em casa.

Mas enfim, voltando um pouquinho. Essa euforia mundial por causa do Obama.... eu não consegui compartilhar. Tá certo que dos males o menor, eu não estava torcendo prá o McCain. Mas as pessoas agem e falam como se o cara fosse Jesus. Gente, ele é Presidente dos Estados Unidos da América. E, se ele não quiser virar o próximo "Pumpkinhead" ele vai continuar defendendo os interesses do país dele. Mantendo os segredos sórdidos da CIA, tentando impor a hegemonia americana na cultura, na tecnologia, na economia, etc, etc. Sem, de forma alguma, abrir as porteiras do precioso país dele e dizer "venham desfrutar da nossa hospitalidade". Pelo contrário: ele tem uma crise para enfrentar, duas guerras prá vencer e um povo sedento de milagres prá contentar. E quem vai pagar essa conta??? Adivinhem???

Bom, vejam o filme, mais uma vez, recomendo firmemente.

E, outro conselho: vejam menos TV. Gosta muito de TV? Então veja bons filmes. Leia livros e boas revistas. Pesquise na Internet coisas mais úteis que as ex-namoradas dele no orkut. Discuta política e economia na mesa do bar. A humanidade precisa acordar para o que importa. Precisa ver além da cortina de fumaça, da poça de sangue e dos fogos de artifício.

Todo mundo precisa de entretenimento, mas o cérebro humano foi feito (quem diria que um dia eu ia escrever essa frase) prá pensar!!! E nenhum cérebro deve ser menosprezado ou subutilizado nesse nosso tempo de tantos desafios e de tanto trabalho a fazer.

Consciência = sobrevivência.

PENSE!!!!!

11/17/2008

Zeitgeist - parte 1 - sobre a religião

Como vemos nosso mundo, nossa história, nosso futuro? Será que vemos o que é a realidade? Ou vemos o que nos permitem ver, nada mais?Para quem tem uma mente inquieta, como a minha, essas questões são inevitáveis.

Partindo do princípio: quando somos pequenos, nossos pais nos ensinam exatamente o que foi ensinado a eles: que existe um Deus (personificado na figura de um homem barbudo) que nos vigia lá do céu. Se fizermos algo errado (o que está explicado em apenas 10 regras básicas) vamos para um lugar chamado inferno, onde queimamos por toda a eternidade.

Por outro lado, se respeitarmos as regras, vamos para o lado desse cara barbudo lá no céu e seremos felizes prá sempre junto com todos nossos parentes mortos. Ah, mas sempre há uma maneira de se safar: se formos até a Igreja, contarmos tudo ao padre e comermos um pão redondinho aí estamos perdoados das coisas erradas que fizemos e podemos começar tudo de novo, como se nada tivesse acontecido.

Bom, eu devia ter uns 10 anos quando essa explicação passou a não ser o suficiente. Nesses dias, eu tinha feito minha primeira comunhão e estava estudando para a Crisma. Observando mais atentamente as escrituras, notei que em nenhum lugar dizia que Madalena era uma vadia. Que a vida de Cristo pula dos 12 aos 30, deixando mais da metade da história sem ser contada. Que era impossível que Maria e José não tivessem uma vida matrimonial normal depois que o menino, fruto de uma fecundação imaculada, nasceu; etc, etc....

Cada conversa com o padre era uma briga. Ele não conseguia me explicar pq as freiras eram tratadas como escrava dos padres e pq não celebravam missas. Pq a mulher era a culpada por todas as dores do mundo e, ainda assim ela é que tinha o poder da vida dentro de si. Eu via a figura de Nossa Senhora como a mais bela e a mais importante dentro de toda a liturgia católica e mesmo assim a mulher era reduzida a origem do pecado e tratada como um refugo da criação.

Lembro, como se fosse hoje, saindo de uma confissão quando tinha uns 10, 11 anos. O padre disse para o outro "essa aí fala que nem o Diabo". Eu ri. Como qualquer criança, achei aquilo engraçado.


Mesmo com todas estas questões em mente fui uma católica praticante até os 20 anos. Ia a missa, trabalhava pela minha paróquia, cantava no coro, dava aulas de catequese, participava de grupos de estudos litúrgicos, etc. Não renego minha formação cristã. Foi muito preciosa prá mim. Fiz amigos, ajudei pessoas, aprendi o que é compromisso e responsabilidade deste muito cedo. Principalmente, aprendi muitas coisas sobre a religião. Principalmente, desenvolvi minha curiosidade sobre o tema e minha capacidade de absorver e ir além, buscar mais informações.

Com 20 anos fui estudar Arquitetura. Claro que o grande pretexto para não ser mais tão católica era a falta de tempo. Mas a Universidade, o estudo de história da Arte e o crescimento do meu mundo, antes muito restrito, me deu uma liberdade de estudar história, de procurar entender outras crenças e principalmente, de ver que a Era Cristã (Era de Peixes) é uma pequena parte da história da espiritualidade humana. E esta história é muito rica e fascinante.

Somos privilegiados por poder voltar a ver o divino de outras maneiras, depois de tantos anos desde o início da Idade das Trevas. Somos, desde muito tempo, as primeiras gerações capazes de buscar uma visão individual de espiritualidade, que melhor fale a cada um de nós. Não sou contra Cristo, ou Buda, ou Maomé, ou Moisés. Todos eles, dentro de suas egrégoras, cumprem a função a qual se dispõe. Não sou contra o cara que disse "dê a outra face". Sou contra os caras que, em nome dele, pregam a vingança cega e a matança de pessoas inocentes.

Enfim, muito do que escrevi aqui se traduz no filme Zeitgeist (a primeira parte fala só sobre teologia judaico-cristã). Motivações religiosas e ideológicas que escondem motivações políticas e financeiras são recorrentes ao longo da história. Mas o que eu quero deixar claro, com essa pqna parte da minha história é que, assim como eu me abri a outras visões e outras percepções do que é o Divino, assim qualquer um pode fazer. Comece assistindo o filme.

Link para a versão legendada em português.

Site oficial do filme

http://zeitgeistmovie.com/

11/07/2008

little flowers agaist big figths.... guess what! It works! - ou: contra flores não há argumentos...



A gente briga. Muito de vez enquando... mas briga. Eu não sou de relevar nada, ele "sai da casinha" e dá patada em todo mundo. Mas, como eu sempre digo: EU NÃO SOU "TUDO MUNDO"!!!! É a gente briga. Não todo dia, como sei que tem gente por aí que se xinga sem parar e passa uma vida inteira juntos. Tinha um casal no meu antigo edifício que o cara só não chamava ela de SANTA, mas do resto ele chamava! Era um repertório de ofensas invejável! E, mais tarde, dava pra o prédio inteiro ouvir eles "fazendo as pases". Coisa de gente maluca!

Comigo é assim: se me maltratou, não durmo junto. Ponto final. Acho o cúmulo do cinismo deitar na mesma cama estando fulo da vida com o outro. É capaz da minha raiva ser tanta que o coitado pode parar de respirar durante a noite. Não consigo, depois de cinco minutos, fingir que nada aconteceu. Está acima das minhas capacidades.

Mas aí a manhã chega, ele sai sem a gente se falar direito. Mais tarde, ele vem almoçar em casa e me aparece, atrasado, com um buquezinho amarelo na mão. Aquele baita homem com um buquezinho amarelo.... há quem resista? Meninos, guardem essa dica: buquezinhos são infalíveis....

P.S. I love you - o mundo do "se"

Ontem revi o filme "PS eu te amo". Eu lembro quando fui ver no cinema. Se não me engano foi o primeiro filme q fui ver sozinha no cinema na minha vida, depois q o Gabri se mudou. Eu sentei bem isolada e CHOREEEEEEEI de soluçar.



Quem já viu sabe que é muuuuito triste. Lembro que eu saí apavorada do cinema pensando que ela estava completando 30 anos, estava esperando o momento ideal (aquele que nunca chega) para ter filhos e tinha um marido que ela adorava. Pensava que se eles tivessem um AP maior, mais dinheiro, se eles tivessem bons empregos, se fossem mais organizados, se ele fosse mais isso, menos aquilo.... só assim tudo seria bom.

Aí, simplesmente, o cara morreu. Assim.

Tem um diálogo que me marcou muito. Quando ela diz prá ele "será que a nossa vida nunca vai começar?". E logo depois ele fica doente e morre. M-O-R-R-E. Ela ficou esperando o momento ideal prá começar a própria vida e esse momento passou e ela não percebeu. Assustador né?

Sei que alguém vai adentrar aquele lugar comum: "temos que viver o presente, pois é o único tempo que nos pertence de verdade, blá, blá blá..." Fácil dizer, a natureza humana é feita de um esperar infinito. De um almejar, de um querer imenso! Temos uma fome insaciável por aquilo que não aconteceu ainda ou, quem sabe, nunca vai acontecer. Eu, particularmente, sonho prá caramba.





Imagino, com riquezas de detalhes se tudo fosse diferente. Se aquele menino pelo qual eu era apaixonada na adolescência tivesse se apaixonado tbm, se eu tivesse engravidado cedo, se eu tivesse feito jornalismo como minha mãe queria, se eu tivesse me recusado a retomar o mesmo namoro depois da enésima briga. Fora o que está por vir, o futuro, o que pode (ou não) acontecer na minha vida daqui prá diante: e se o casamento der certo, e se o casamento der errado, e se eu conhecer alguém, e se ele conhecer alguém, e se o filho finalmente acontecer, ou não acontecer. Se, se, se... acho que se eu juntasse tudo dava um bom livro de ficção. Tenho pensado em escrever ficção. Minha vida é normal e linear, mas meu mundo do "SE" ganharia alguns prêmios de literatura....

11/06/2008

Caminhar

Ando na esteira... é bacana, não tem trânsito, ao mesmo tempo que se caminha a gente pode viajar... sem prestar atenção nos carros, nas outras pessoas, etc. Foi uma mudança de hábito, já que eu era uma pedestre convicta lá em Porto. Caminhava para o trabalho todo dia, e adorava!

Mas ontem, na metade dos meus 5KM diários, me ocorreu que, a maior mudança é caminhar sem chegar. Literalmente "correr sem sair do lugar". Na vida aconteceu isso tbm. Parece q eu sempre tinha que !!!!!CHEGAR!!!!! E hoje eu durmo, acordo, como, olho TV, respondo e-mails.... tudo isso sem ter de chegar a nenhum lugar. Pointless!!!!
Estranho, né?

11/02/2008

nothing to say....

Pouzé.... ando meio sumida....

E não é falta de vontade, preguiça e, muito, muito menos ainda, falta de tempo. É a pura falta de ter o que contar. Vou guardar esse momento prá sempre na memória, o momento em que a minha vida parou. O momento em que não acontece nenhuma novidade. O momento em que não corro prá chegar em lugar algum. Momento que fico parada, esperando o telefone tocar, esperando um e-mailzinho mísero chegar, momento em que o ápice do meu dia é levar o cachorro prá passear.

Não é triste, de forma alguma, é diferente. É estranho a tudo o que eu já vivi.

Não reclamo da vida. Sou feliz, bem mais do que andava sendo ultimamente. Faço minha cara-metade feliz.

É um bom momento prá avaliar o quanto o ser humano precisa de um problema, precisa da falta de tempo. O quanto a gente PRECISA ficar doente de tanto trabalhar, reclamar de falta de grana, reclamar do marido, da vida.

Fico sentada pensando "não tenho do que reclamar" e o vazio é tão grande....

9/11/2008

Mulher de 30 anos!

"Uma mulher é muito mais mulher aos 30 anos. Eis o que quero dizer: tome a mesma moça aos 20 anos e aos 30. No segundo momento ela será talvez umas sete ou oito vezes mais interessante, mais sedutora, mais irresistível do que no primeiro(...)
Se você, leitora, anda preocupada porque não tem mais 20 anos - ou porque os têm mas já percebeu que eles não vão durar para sempre - fique tranqüila, deixe de
bobagem, desencane. Saiba que é precisamente aos 30 que o jogo começa a ficar bom" (by Adriano Silva - artigo publicado na Revista Superinteressante).

Comente, comente, comente!!!!

L e i a , r e f l i t a , c o m e n t e ...

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